Colégio Estadual Francisco da Conceição Menezes
Série: 9 ano turno: vespertino
Aluna: Estela Marina Santos Gomes
Disciplina: Identidade Cultural
Professor WalmirDurante a segunda metade do século XIX, fatores de ordem econômica, religiosa e até mesmo climática influenciaram a vida de quem morava no sertão:
• A produção de algodão nordestino entrou em decadência. Durante a Guerra da Secessão, nos Estados Unidos (1861 a 1865), o produto foi cultivado em larga escala no Brasil, visando abastecer as fábricas inglesas de tecido. Com o término da guerra civil, a Inglaterra voltou a comprar o algodão norte-americano, empobrecendo a região.
• A partir de 1877 teve início um longo período de seca que destruiu boa parte da agricultura sertaneja. Milhares de pessoas em estado de miséria migraram para outras regiões; as que permaneceram perderam suas posses.
• A Igreja Católica procurava aproximar-se da população. Para isso, criou as Casas de Caridade, nas quais homens e mulheres, conhecidos como "beatos", recebiam formação religiosa e eram destacados pelos padres para divulgar o catolicismo pelo sertão.
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Antônio Vicente Mendes Maciel, mais conhecido como Antônio Conselheiro, foi o líder do maior movimento messiânico do país. Ele conhecia de perto a violência do sertão: nasceu em Quixeramobim, Ceará, em 1828, em uma família envolvida em questões de terra. Com o fim de seu primeiro casamento, passou a vagar pelo sertão e adotou um comportamento místico-religioso, como o de sua segunda mulher, que era santeira, ou seja, esculpia imagens de santos para vender.
Luiz Gonzaga nasceu em Exu, Pernambuco, em 13 de dezembro de 1912. Foi um compositor popular. Aprendeu a ter gosto pela música ouvindo as apresentações de músicos nordestinos em feiras e em festas religiosas. Quando migrou para o sul, fez de tudo um pouco, inclusive tocar em bares de beira de cais. Mas foi exatamente aí que ouviu um cabra lhe dizer para começar a tocar aquelas músicas boas do distante nordeste. Pensando nisso compôs dois chamegos: "Pés de Serra" e "Vira e Mexe". Sabendo que o rádio era o melhor vínculo de divulgação musical daquela época (corria o ano de 1941) resolveu participar do concurso de calouros de Ary Barroso onde solou sua música “ Vira e Mexe” e ganhou o primeiro prêmio. Isso abriu caminho para que pudesse vir a ser contratado pela emissora Nacional.
No decorrer destes vários anos, Luiz Gonzaga foi simbolizando o que melhor se tem da música nordestina. Ele foi o primeiro músico assumir a nordestinidade representada pela a sanfona e pelo chapéu de couro. Cantou as dores e os amores de um povo que ainda não tinha voz.
Nos seus vários anos de carreira nunca perdeu o prestígio, apesar de ter se distanciado do palco várias vezes. Os modismos e os novos ritmos desviaram a atenção do público, mas o velho Lua nunca teve seu brilho diminuído. Quando morreu em 1989 tinha uma carreira consolidada e reconhecida. Ganhou o prêmio Shell de Música Popular em 87 e tocou em Paris em 85. Seu som agreste atravessou barreiras e foi reconhecido e apreciado pelo povo e pela mídia. Mesmo tocando sanfona, instrumento tão pouco ilustre. Mesmo se vestindo como nodestino típico (como alguns o descreviam: roupas de bandido de Lampião). Talvez por isso tudo tenha chegado onde chegou. Era a representação da alma de um povo...era a alma do nordeste cantando sua história...E ele fez isso com simplicidade e dignidade. A música brasileira só tem que agradecer...
Morena Bela
Composição : ( Luiz Gonzaga e João Silva)
Pelo tamanho do copo
Se conhece o bebedor
Pelo roncado do fole
Se conhece o tocador
Esse teu suor salgado
Esse olhar namorador
Morena, nesse forró
Já sei quem é meu amor
És tu morena, morena bela
Bela morena, és tu ora se é
Se tu quizer
Arruma as trouxas agora
Que nói vai simbora
Depois desse arrasta-pé
Asa Branca
Composição : Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira
Quando "oiei" a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de "prantação"
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Quando o verde dos teus "óio"
Se "espaiar" na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração
Colégio Estadual Francisco da Conceição Menezes
Série: 9 ano turno: vespertino
Aluna: JANDAIRA PEREIRA DOS SANTOS
Disciplina: Identidade Cultural
Professor WalmirMamulengo
Composição : (Luiz Bandeira)
Fala, fala mamulengo
Vai gracejando prá nos divertir
Fala, fala mamulengo
O mundo inteiro necessita sorrir }bis
No teatro de mamulengo
Nhem, nhem, nhem
Do povão se destrair
Nhem, nhem, nhem
É artista bom de quengo
Gente que faz mamulengo
E também quem sabe rir
Zé Cabide, moleque afoito
Nhem, nhem, nhem
Enxerido, safadão
Nhem, nhem, nhem
Pede a Zefa um carinho
Nega me dá um tiquinho
E ela diz: dou não
Quem mexer com a mãe do Zé
Nhem, nhem, nhem
Contra quem o Zé investe
Nhem, nhem, nhem
Dar resposta resoluta
Vou jantar você na luta
Cafuçú, filho da peste
A carta
Na carta perfumada que deixaste sobre a mesa
Tenho a certeza de tua traição
Minhas lágrimas caíam teimosas
Sobre as folhas cor-de-rosa escritas por tua mão
Partiste mas minha alma seguirá teus passos
Onde estiveres, eu estarei contigo
Hás de guardar uma saudade minha
Tua lembrança ficará comigo
Não penses mais em mim
Seria inútil, pois nunca te amei
O que houve entre nós dois foi apenas fantasia
Nosso passado terminou como termina
Todas as ilusões
Doravante seguiremos caminhos diferentes
Não me procures, seria uma desilusão a mais.
E esta palavra, no fim da carta
Manchada pelo pranto meu
Esta palavra que me tortura é adeus
Asa Branca
Composição : Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira
Quando "oiei" a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de "prantação"
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Se "espaiar" na prantação
[LUIZ GONZAGA REPETIDA]
A vida no sertão nordestino |
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